Milan, que quer dizer encontro em nepalês, (aqui todos os nomes tem um significado) deve ter uns 37 anos, é guia de turismo e budista.

Observa os estrangeiros em suas visitas e o incômodo durante suas andanças pelos lugares inusitados dos passeios. São subidas, descidas, poeira, a absoluta saída da zona de conforto.

Acredita que os viajantes experimentam o sofrimento do mundo e tem a oportunidade de transmutar isto, já que fazem uma escolha consciente de viver o desconforto.

O que é a comodidade? O que é a inconveniência? São estados passageiros do ser. Nada é para sempre. Nem o bom. Nem o ruim. Impermanência. Desapego.

Para Milan o contraste entre o desconforto escolhido e o prazer esperado é a grande experiência de uma viagem.

Podemos promover esta transformação em nossas vidas todos os dias. Tudo passa. E rápido. O que eu gostaria de transformar hoje? — em Nepal.

Por Valéria de Souza Lima. Para uso deste conteúdo, favor incluir a autora e a fonte desta publicação www.emocoesemtransito.com.br.