Encontrando a sua própria versão na vida

Praga: uma experiência sobre autoridade e arrogância

Praga

Petrin Park, Praga – Setembro 2016

Estamos bem perto do céu. Uma posição privilegiada. Mais exatamente no Petrin Park, um local bucólico, cheio de rosas e energia de alta vibração. Há muitos turistas, mas não tantos quanto ontem em Old Town. 

Uma amiga querida definiu bem o que é Praga: uma belezura. Charmosa, acolhedora, realmente muito bonita, com muitos detalhes para ver e registrar.

Ontem passamos a amanhã em uma andança intensa, para lá e para cá, vendo e fotografando como os estrangeiros de todo mundo encantados e suados pelo verão europeu.

Cansados, paramos no primeiro restaurante próximo para relaxar e fazer uma refeição rápida.

Recebidos por um checo pouco simpático, sentamos e fizemos nosso pedido. Prefiro as opções vegetarianas. Já não como carne há anos e as alternativas locais são interessantes.

Os pratos chegaram e o garçom colocou diante de mim uma batata recheada com um bacon enorme e suculento. Imediatamente informei que aquele não era o meu pedido. Ele insistiu: é sim. É o número tal e foi você que pediu.

Contrariado retirou o prato enquanto eu dizia que pedi a opção vegetariana e que não como carne. Mal humorado, disse que iria refazer o pedido. Agradeci, e achei melhor acompanhar a refeição do meu companheiro com uma maçã que trazia na bolsa. Sem problemas. Estes desencontros fazem parte da viagem.

Estávamos no meio da refeição, eu com a minha maçã e meu companheiro com um prato local, quando o garçom se volta para mim, agressivo, e diz que não são permitidos alimentos de fora do restaurante.

Eu ri. O que poderia fazer. Ele cometeu um engano ao registrar o meu pedido. Quis me fazer aceitar uma batata quente, literalmente. E ainda queria que eu comesse minha maçã fora do restaurante? Grosseiro e arrogante, gritou, para que todos ouvissem.

Não tive dúvida. Disse a ele que, por favor, chamasse o gerente. Irritadíssimo disse que chamaria. Diante de mim vi uma conversa pouco amistosa entre ele e um outro, que logo se apresentou como gerente e ouviu a minha história.

O gerente se desculpou. Disse que eu ficasse tranquila e terminasse minha maçã. Eu disse que o garçom precisava de postura e treinamento para lidar adequadamente com as pessoas, especialmente aquelas que estão em momento de relaxamento e diversão.

ARROGÂNCIA não tem remédio. É uma reação intrínseca, resultado de amargura e mal estar. AUTORIDADE, não necessariamente referente à posição gerencial, mas uma postura firme e justa, é a possibilidade de conviver com perfis arrogantes. Não estamos acima de ninguém. Nem abaixo. Somos semelhantes. Independente da posição, geográfica, hierárquica, étnica ou social.

Como temos fortalecido a nossa autoridade nas situações mais adversas da vida?

Por Valéria de Souza Lima. Para uso deste conteúdo, favor incluir a autora e a fonte desta publicação www.emocoesemtransito.com.br.

3 Comments

  1. ana paula macedo

    É a velha dicotomia chefe x líder. O primeiro tende a mandar nas pessoas, dar ordens e ser autoritário. Já o segundo, motiva, ajuda a encontrar a solução e inspira seus colegas.
    Que bom você ter identificado o que encontrei na cidade. Aproveite tudo!
    Beijos

  2. Mikki

    Hi there! Such a great post, thanks!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *